Um dos grandes mitos da nutrição está relacionado com os produtos integrais e os biológicos.
Com o aumento da fama e do consumo destes produtos, temos a tendência em acreditar que este tipo de produtos engorda menos. Isto não poderia estar mais longe da realidade! As calorias dos produtos integrais e biológicos e dos produtos que não têm estas características são praticamente as mesmas. Ainda assim, é verdade que os alimentos biológicos têm menos pesticidas e outras substâncias prejudiciais ao organismo.
Relativamente aos alimentos integrais, estes têm mais fibra, o que fará com que o nosso sistema gastrointestinal funcione melhor e “arraste” o excesso de colesterol e glicemia, eliminando-os.
Sendo assim, são opções recomendáveis, mas pensando apenas nas calorias, este não deve ser o motivo que define a sua escolha, porque, mais uma vez, a diferença é praticamente nula.
Desta forma, a questão que me fazem tanto “Eu só como alimentos integrais e biológicos. Porque é que engordo?” já está respondida. Toda a gente engorda quando consome mais calorias do que aquelas que gasta, qualquer que seja o tipo de alimentos que come.
Pratique atividade física e tenha um fantástico fim-de-semana!
Se pensarmos apenas em calorias, o chocolate preto é o mais calórico, porque é o mais rico em pasta de cacau, que é uma gordura. Desta forma, é mais calórico do que o chocolate de leite (mais açúcar e menos gordura) e que o chocolate branco. Este último nem devia ser chamado de chocolate, uma vez que não contém pasta de cacau.
Ainda assim, prefiro que coma chocolate preto, em vez dos outros dois, uma vez que é muito melhor para a saúde.
– Tem funções antioxidantes;
– Protege o sistema cardiovascular;
– É uma fonte de potássio e magnésio;
– É rico em vitaminas do grupo B;
Desta forma, a quantidade de chocolate que comemos é a chave! Em termos de calorias, efetivamente, é o que mais tem, mas são calorias que valem a pena e que nos trazem benefícios.
Coma, então, um quadrado de chocolate preto quando lhe apetecer e tenha um fantástico fim-de-semana!
Algumas refeições podem ser bastante enganosas, relativamente às calorias que, na realidade, têm.
Primeiro exemplo:
– Um bitoque, composto por carne, ovo, batatas fritas e salada, versus 100g de frutos secos. O bitoque tem 570kcal, aproximadamente, e as 100g de frutos secos, 585kcal.
Segundo exemplo:
– Salada de frango, composta por crouttons, queijo, molhos, frutos secos, abacate, versus um hambúrguer duplo com batatas fritas. A realidade é que têm, aproximadamente, as mesmas calorias.
Isto não significa que deve começar a comer bitoques e hambúrgueres regularmente, significa apenas que é muito importante ter-se conhecimento relativamente à densidade calórica do que estamos a comer e não apenas ao aspeto. Peça aconselhamento ao seu médico ou nutricionista, para saber quais as refeições e quantidades mais ajustadas ao seu objetivo.
Hoje vou falar-vos do glúten!
O glúten é, possivelmente, um dos elementos mais “odiados” na alimentação, embora sem razão.
Uma das principais perguntas que me fazem, relativamente a este tema, é se o glúten engorda. A verdade é que o glúten é o elemento do cereal que menos engorda porque é uma mistura de proteínas, a gliadina e a glutenina. Estas encontram-se em maior quantidade no trigo mas estão também presentes na cevada, centeio, espelta, cuscuz e outros. É verdade que o glúten é pro-inflamatório, no entanto, alguém que não seja doente celíaco, total ou parcialmente intolerante ao glúten, pode consumi-lo sem problema e não é por isso que engordará mais. Sendo assim, a ideia de que, “se retirar o glúten na totalidade da minha alimentação, emagreço”, é falsa! Contudo, é verdade que, em algumas pessoas (e não na maioria), o consumo de glúten provoca inchaço e desconforto abdominal.
Espero que tenha aprendido algo novo e que tenha um fantástico fim-de-semana!
A fibra tem características muito importantes, sendo que não sofre digestão nem absorção. Isso faz com que não acrescente calorias à refeição e que, por isso, não tenha nenhum impacto no nosso peso.
Para além disso, a fibra aumenta o volume dos alimentos que ingerimos, aumentando a saciedade. Posteriormente, ao ser eliminada, “arrasta” consigo açúcares e colesterol, diminuindo o nível glicémico no sangue. Tem, também, um papel importante na prevenção do cancro do cólon e das doenças cardiovasculares. As fibras estão presentes, principalmente, nas frutas (consuma 2 a 3 peças por dia) e vegetais (consuma nas refeições principais). As necessidades reais são uns 25gr x día, muito longe da realidade da alimentação ocidental.
A fruta faz parte dos hidratos de carbono logo, como todos os hidratos de carbono, tem açúcar. No entanto, e felizmente, a fruta é muito mais do que isso. A fruta tem minerais, vitaminas e, sobretudo, fibra. Esta última está, geralmente, em carência na nossa alimentação.
A absorção do açúcar da fruta é totalmente dependente da presença ou não da fibra. Por esta razão, não devemos triturar ou esmagar a fruta, mas sim comê-la em peça, para que as fibras presentes se mantenham intactas. Isto permite que a fibra arraste e ajude a eliminar o açúcar da fruta, assim como colesterol, diminuindo as suas concentrações no nosso corpo, quando a ingerimos.
Tente evitar as variedades de frutas mais doces, como por exemplo os figos, banana, uva e dióspiro.
Garanta o consumo de duas a três peças de fruta por dia, uma vez que é essencial para manter um aporte adequado de fibra no nosso organismo.