Produtos “light” ou zero: Os produtos, para se intitularem como tal, precisam apenas de ter reduzido a percentagem de algum dos seus componentes ou ter zero gramas de um dos componentes que, na verdade, até pode ser um que não contribui para o aumento de peso. Na maioria das vezes são ultraprocessados e, por isso, devemos ter atenção e ter em conta as calorias reais do produto.
De seguida, darei alguns exemplos de alimentos que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não contribuem para a redução do peso, pelo contrário.
– Sumos naturais: não têm nada de natural, uma vez que são espremidos e, por isso, a fibra é eliminada e não absorvida. Desta forma, contribuirá muito mais para o aumento do peso, comparativamente com uma peça de fruta inteira.
– Batidos “detox”: são desnecessários, visto que o nosso fígado e rins fazem a desintoxicação necessária e suficiente do nosso organismo.
– Tortiras de arroz ou milho: geralmente, são muito ricas em hidratos de carbono e sal.
– Sushi: Parece muito natural mas, na realidade, contém arroz branco e um melaço feito de sal, vinagre e açúcar.
Por isso, tenha cuidado com os alimentos e produtos que escolhe consumir e, de preferência, consulte um médico e/ou nutricionista.
Esta é uma dieta muito conhecida, que ficou muito na moda, e que, por isso, algumas pessoas poderão achar que é a solução para tudo e que basta eliminar os hidratos de carbono para que todos os seus problemas de saúde sejam tratados. É verdade que a maioria da população consome hidratos de carbono em excesso, no entanto, não devemos ser extremistas e, por isso, a nossa dieta deve ser sempre equilibrada e, sobretudo, orientada. A redução no consumo de hidratos de carbono é feita em compensação com o aumento do consumo de proteínas e gorduras saudáveis. Contudo, aumentar o consumo proteico de forma exagerada pode ser prejudicial, principalmente se houver uma disfunção hepática e/ou renal. Relativamente às gorduras, também deve haver conhecimento e bom senso na hora de as consumir. Devemos priorizar as gorduras mono e poli-insaturadas, como por exemplo o azeite, abacate e frutos secos (embora com moderação por serem alimentos hipercalóricos) e evitar as gorduras saturadas e trans, presentes nos alimentos pré-feitos ou já preparados.
Para além disso, existem dois grupos principais de hidratos de carbono, os simples e os complexos e, na verdade, aqueles que devemos consumir em menor quantidade são apenas os simples, onde se inserem o arroz, massa, batata, açúcares, etc. Isto significa que os hidratos de carbono complexos, como as frutas e legumes, podem e devem ser consumidos diariamente, até porque a sua eliminação total da nossa alimentação pode causar défices nutricionais.
Sendo assim, a dieta que deve seguir deve ser a recomendada por um médico e/ou nutricionista. O segredo é atingir um equilíbrio e não querer fazer uma dieta apenas porque um(a) amigo/a ou vizinho/a a faz.
Já todos ouvimos dizer que o nosso intestino é como um “segundo cérebro”. Ele encarrega-se da entrada de todos os nutrientes necessários e promove uma resposta alérgica, imunológica ou de intolerância caso consumamos nutrientes que não necessitamos.
E como é que podemos alimentar a nossa flora intestinal?
As bactérias boas do intestino alimentam-se de fibra, ou seja, vegetais, fruta, cereais integrais. Em contrapartida, as bactérias más alimentam-se de açúcar. Sendo assim, se pretende ter um intestino saudável que influencie, positivamente, a sua saúde em geral, dê prioridade à fibra e evite ao máximo os açúcares simples.
Durante muito tempo, cada vez que se pensava em dieta, associava-se este conceito a um número concreto de calorias. As mais famosas eram “a dieta das 1000 kcal”, “a dieta das 1500 kcal” ou até mesmo dietas ultra restritas de 500 kcal. A realidade é que este conceito já está ultrapassado, sendo que hoje se dá uma maior relevância à composição de cada alimento. Esta evolução ocorreu, porque se percebeu que, se consumirmos alimentos ricos em proteína ou em gorduras mono ou poli-insaturadas, estaremos a promover uma melhor reparação celular e formação de membranas fundamentais para as células. Se, em contrapartida, consumirmos alimentos ricos em hidratos de carbono ou gorduras saturadas ou hidrogenadas, a absorção desses alimentos será mais direta e rápida, potenciando o rápido aumento de peso.
Desta forma, priorize a variedade de alimentos e o consumo de proteínas e gorduras mono e/ou poli-insaturadas.
Calculo que a primeira coisa que lhe vem à cabeça seja: isto pode ser conseguido através do exercício físico. É isso mesmo! Se caminharmos 45 minutos por dia, ao fim do mês, teremos gasto 6700 a 6800 calorias, o equivalente a 1 kg perdido. Para além disso, sentiremos uma melhoria na nossa saúde cardiovascular, osteo-articular, imunológica e cerebral. O cérebro é o órgão mais beneficiado pelo exercício físico.
No entanto, se quiser fazer uma mudança real, mais notória e duradoura, foque-se também na alimentação. Siga uma alimentação saudável, pratique exercício físico (incluindo, pelo menos, 15 minutos de treino de força) de forma regular e sentirá as diferenças.
Tenha um fantástico fim-de-semana e comece já hoje, não deixei para amanhã!
Em 2018, cerca de 36 a 38 em cada 100 crianças, dos 5 aos 11 anos de idade em Portugal, tinha excesso de peso. Tem se vindo a perceber que, depois da pandemia, estes números já aumentaram. Isto significa que a obesidade infantil é, também, uma pandemia. A obesidade infantil tem consequências graves! Tem as mesmas que a obesidade em adultos, com a diferença que as comorbilidades como a diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão, entre outras, aparecem muito mais cedo e terão um impacto pior na saúde da criança a curto e longo prazo.
Na prevenção desta doença, os pais têm um papel fundamental. Deixo, aqui, algumas estratégias:
– Nunca utilizar a comida como prémio ou castigo;
– Fazer uma alimentação o mais saudável possível;
– Escolher alimentos diversificados e naturais;
– Estimular a prática de exercício físico;
– Evitar snack hipercalóricos e com gorduras saturadas;