É comum, nalguns processos de perda de peso, a sensação de cansaço, dor de cabeça e até uma certa sensação de mal-estar. Este tipo de sintomas é entendido, pela maioria das pessoas, como sendo um sinal de uma hipoglicemia, pelo que é comum reportarem a necessidade de comer para corrigir este suposto défice. No entanto, este conceito não poderia estar mais longe da realidade.
O que realmente acontece é que, para o nosso corpo, quando somos expostos a tóxicos alimentares (como os pesticidas, o mercúrio, presente nalguns peixes, os aditivos dos processados, os microplásticos – que contêm o tão famoso disfenol A, disrruptor hormonal) e até a poluentes ambientais, é mais fácil envolvê-los em gordura e armazená-los do que eliminá-los através da ação do fígado e dos rins.
Posteriormente, quando perdemos peso, as moléculas de gordura ao serem destruídas, fazem com que esses tóxicos armazenados sejam eliminados pela corrente sanguínea, produzindo essa sintomatologia.
Concluindo, é uma sensação normal e esperada num processo de emagrecimento, principalmente quando, previamente, houve um período prolongado de uma má alimentação. A boa notícia é que é sinal de que o nosso corpo está a funcionar normalmente e que, em breve, a sensação de bem-estar será muito superior!
Tenha um fantástico fim-de-semana, livre de tóxicos.
Parece que a microbiota, ou seja a colónia de bactérias presentes no intestino, é muito diferente em pessoas magras comparativamente com pessoas com excesso de peso. Há vários estudos interessantes que demonstram que, transplantando essas bactérias em pessoas com tendência a perder ou a ganhar peso, estas acabam por ficar com maior facilidade em engordar ou emagrecer, respetivamente.
É claro que estes dados abrem novas portas ao tratamento da obesidade.
Desta forma, iremos desenvolver umas cápsulas compostas por colónias de bactérias intestinais comuns em indivíduos magros, com o objetivo de potenciar os resultados no processo de emagrecimento e contribuir para o combate desta pandemia, denominada obesidade.
O cancro é evitável através da alimentação?
Um estudo recente, muito amplo, veio a demostrar, sem qualquer equívoco, que o número de casos de cancro está a aumentar significativamente. No entanto, há uma notícia muito boa! 50% destes casos de cancro são evitáveis através da mudança de hábitos de vida.
O tabaco, o álcool e a alimentação, que são as principais causas do sobrepeso e obesidade, são também os responsáveis diretos de metade destes cancros.
Concluindo, das 5,7 milhões de mortes, a nível mundial, este ano, por cancro, cerca de metade, poderiam ter sido evitadas.
Desta forma, altere já os seus hábitos de vida, não fume, beba pouco álcool, alimente-se adequadamente e abandone a vida sedentária.
A obesidade infantil, assim como na idade adulta, está relacionada com um maior risco de doença, o que significa que a obesidade em si tem uma maior influência no aparecimento de comorbilidades do que propriamente a idade do indivíduo obeso.
Segundo um estudo recente, com uma amostra de 50 mil jovens, existe uma relação clara entre a obesidade e/ou excesso de peso e comorbilidades como asma, hipertensão, diabetes, transtornos respiratórios e do sono, problemas de pele, transtornos convulsivos, sintomas gastrointestinais, genitourinarios, alérgicos, e transtornos no neurodesenvolvimento.
As conclusões retiradas deste estudo são claras, “mais vale prevenir do que remediar”!
Na presença de excesso de peso, mesmo em idade infantil, a melhor solução é mesmo reverter a situação, através de uma alimentação saudável e equilibrada e da prática de exercício físico regular. Não há milagres!
Azia e alimentação:
A azia consiste na sensação de ardor/queimadura, que se pode localizar desde a região epigástrica até à garganta, e é das disfunções digestivas mais comuns.
Normalmente, deve-se a maus hábitos alimentares, tais como:
– Excesso de gorduras, processados, açucarados, picantes, bebidas com gás ou refeições muito abundantes;
– Stress, tabaco, álcool, sedentarismo, obesidade, úlceras gástricas e alguns medicamentos.
Se for uma condição que ocorre frequentemente, é recomendado que consulte um médico, uma vez que a sintomatologia poderá estar a mascarar uma patologia mais grave.
Estratégias de tratamento:
– Evitar as causas;
– Dar prioridade a alimentos de fácil digestão, tal como, as carnes e peixes brancos, sopas leves, vegetais e legumes;
– Cozinhar da forma mais natural possível e incluir alimentos como o aipo, brócolos, courgete, couve flor, feijão verde, espargos, batata, amêndoas, aveia, abóbora, banana, maçã, melancia, melão, pera, ananás, pêssego, papaia, fogo.
Prisão de ventre:
O diagnóstico médico de prisão de ventre é dado quando se evacua menos de três vezes por semana. Para além disso, também se deve ter em conta se existe sensação de evacuação incompleta, dor abdominal, fezes muito duras, abdómen inchado ou a necessidade de exercer muita pressão para que a evacuação ocorra.
Existem diversas causas, que incluem o baixo consumo de fibras e água, estilo de vida sedentário e excesso de stress. Existem determinados medicamentos, como os analgésicos, ou patologias, como o hipotiroidismo, que também contribuem para o agravamento da prisão de ventre.
Como tratamento, antes da toma de laxantes naturais, é fundamental que haja uma mudança dos hábitos de vida diários:
– Beba mais água (e nos dias mais quentes, não se esqueça de aumentar o seu consumo);
– Introduza ou aumente o consumo de fibras na sua alimentação;
– Pratique mais exercício físico;
– Tenha momentos calmos e relaxados no seu dia, de modo a baixar os níveis de stress;
– Sempre que for possível, evacue imediatamente quando tem vontade para tal (é importante respeitarmos o reflexo gastrocólico);
– Ao sentar-se na sanita, apoie os pés numa superfície mais elevada para que a evacuação ocorra numa posição mais fisiológica;
– Não faça pressão para conseguir evacuar (a longo prazo, lesiona os músculos do pavimento pélvico). Faça respirações longas e profundas para promover o relaxamento muscular e facilitar a saída das fezes.