A obesidade infantil, assim como na idade adulta, está relacionada com um maior risco de doença, o que significa que a obesidade em si tem uma maior influência no aparecimento de comorbilidades do que propriamente a idade do indivíduo obeso.
Segundo um estudo recente, com uma amostra de 50 mil jovens, existe uma relação clara entre a obesidade e/ou excesso de peso e comorbilidades como asma, hipertensão, diabetes, transtornos respiratórios e do sono, problemas de pele, transtornos convulsivos, sintomas gastrointestinais, genitourinarios, alérgicos, e transtornos no neurodesenvolvimento.
As conclusões retiradas deste estudo são claras, “mais vale prevenir do que remediar”!
Na presença de excesso de peso, mesmo em idade infantil, a melhor solução é mesmo reverter a situação, através de uma alimentação saudável e equilibrada e da prática de exercício físico regular. Não há milagres!
Azia e alimentação:
A azia consiste na sensação de ardor/queimadura, que se pode localizar desde a região epigástrica até à garganta, e é das disfunções digestivas mais comuns.
Normalmente, deve-se a maus hábitos alimentares, tais como:
– Excesso de gorduras, processados, açucarados, picantes, bebidas com gás ou refeições muito abundantes;
– Stress, tabaco, álcool, sedentarismo, obesidade, úlceras gástricas e alguns medicamentos.
Se for uma condição que ocorre frequentemente, é recomendado que consulte um médico, uma vez que a sintomatologia poderá estar a mascarar uma patologia mais grave.
Estratégias de tratamento:
– Evitar as causas;
– Dar prioridade a alimentos de fácil digestão, tal como, as carnes e peixes brancos, sopas leves, vegetais e legumes;
– Cozinhar da forma mais natural possível e incluir alimentos como o aipo, brócolos, courgete, couve flor, feijão verde, espargos, batata, amêndoas, aveia, abóbora, banana, maçã, melancia, melão, pera, ananás, pêssego, papaia, fogo.
Prisão de ventre:
O diagnóstico médico de prisão de ventre é dado quando se evacua menos de três vezes por semana. Para além disso, também se deve ter em conta se existe sensação de evacuação incompleta, dor abdominal, fezes muito duras, abdómen inchado ou a necessidade de exercer muita pressão para que a evacuação ocorra.
Existem diversas causas, que incluem o baixo consumo de fibras e água, estilo de vida sedentário e excesso de stress. Existem determinados medicamentos, como os analgésicos, ou patologias, como o hipotiroidismo, que também contribuem para o agravamento da prisão de ventre.
Como tratamento, antes da toma de laxantes naturais, é fundamental que haja uma mudança dos hábitos de vida diários:
– Beba mais água (e nos dias mais quentes, não se esqueça de aumentar o seu consumo);
– Introduza ou aumente o consumo de fibras na sua alimentação;
– Pratique mais exercício físico;
– Tenha momentos calmos e relaxados no seu dia, de modo a baixar os níveis de stress;
– Sempre que for possível, evacue imediatamente quando tem vontade para tal (é importante respeitarmos o reflexo gastrocólico);
– Ao sentar-se na sanita, apoie os pés numa superfície mais elevada para que a evacuação ocorra numa posição mais fisiológica;
– Não faça pressão para conseguir evacuar (a longo prazo, lesiona os músculos do pavimento pélvico). Faça respirações longas e profundas para promover o relaxamento muscular e facilitar a saída das fezes.
O stress produz um aumento dos níveis de cortisol, transformando os triglicéridos em glicerol e ácidos gordos. Posteriormente, estes circulam pela corrente sanguínea, em grande quantidade, e são depositados nos diferentes órgãos, tais como, os rins, fígado, coração, músculo, entre outros, em forma de gordura visceral, que é a mais prejudicial, metabolicamente, para a nossa saúde.
– Os rins aumentam de volume, aumentando a tensão arterial;
– Ocorre catabolismo muscular com libertação de aminoácidos que, pela neoglicogénese, aumentam os níveis de glicose depositados no fígado;
– A nível do Sistema Nervoso, produz-se a hiperfagia, com aumento principal no consumo de alimentos doces.
O Colesterol é uma gordura fundamental para o funcionamento do organismo.
O seu estudo já deu origem a 11 prémios Nobel.
– Está presente em todas as paredes celulares;
– Auxilia na síntese endógena de Vitamina D;
– Reforça o Sistema Imunológico e Neurológico.
Para além destas funções, é imprescindível na produção de hormonas como o Cortisol, Aldosterona e também das hormonas sexuais, tais como, os estrogénios, a progesterona e a testosterona.
Desta forma, percebemos que o Colesterol é muito mais complexo do que a sua relação com as doenças cardiovasculares. A verdade é que o papel do Colesterol neste tipo de patologias, não é assim tão claro. Sabe-se que existem moléculas que promovem o seu transporte – as LDL – e que as gorduras trans e algumas saturadas aumentam o risco de doenças cardiovasculares e arteriosclerose.
Posto isto, é clara a importância positiva do Colesterol na nossa saúde, do qual 90% é produzido por nós, sem ter a ver com a alimentação.
A gravidez, principalmente no terceiro trimestre, é um factor de risco para a COVID-19. A DGS e as autoridades de saúde europeias recomendam vacinar as grávidas a partir da 21ª semana e após a realização da ecografia morfológica para descartar possíveis malformações fetais.
Com a vacinação nas grávidas vamos conseguir também passar anticorpos para o bebé, o que é um grande benefício.
Devem ser administradas vacinas com tecnologia mRNA (Pfizer ou Moderna), já que estas demonstraram uma grande eficácia nestes casos e uma quase ausência de efeitos secundários significativos.
Tenha uma feliz gravidez, se for o caso, e para todos, um fantástico fim de semana.