Hoje, no programa Praça d’Alegria, perguntaram-me: Será que sabemos comer?
A verdade é que a alimentação é um dos aspetos que mais sofreu alterações ao longo dos anos.
Os nossos antepassados, devido às condições económicas, disponibilidade de recursos e necessidades energéticas, na sua grande maioria muito diferentes das nossas, tinham uma alimentação mais adequada (natural e local).
Com o avançar dos anos, a evolução da tecnologia tornou-nos muito mais sedentários e, por isso, as nossas necessidades energéticas são muito inferiores.
Também ocorreu um aumento da variedade e disponibilidade de alimentos, muitos dos quais processados e ultrapassados, ou seja, mais calóricos e menos saudáveis.
Os principais problemas da atualidade são o stress, a falta de tempo e o sedentarismo, o que protenciou a criação de alimentos e refeições de muito rápida preparação.

Isto faz com que a disponibilidade de produtos menos saudáveis seja cada vez maior e com que haja, muitas vezes, desinformação relativamente aos mesmos, e falta de conhecimento das nossas necessidades energéticas reais.
Por isso, considero que, hoje em dia (e os números de obesidade podem confirmar), a maioria da população não sabe, efetivamente, comer.

Sendo assim, a solução passa por:
– Informação nutricional dada por um especialista;
– Saber ler os rótulos dos alimentos e saber identificar quais as características que fazem destes, um alimento saudável ou não saudável;
– Saber que as proteínas engordam menos que a mesma quantidade de hidratos de carbono por terem a capacidade de formar células. O mesmo acontece com algumas gorduras, se estas forem saudáveis e insaturadas;
– Priorizar alimentos naturais e locais;
– Evitar o açúcar refinado, as farinhas refinadas e o exceso de sal.

Tenha um fantástico fim-de-semana!