Produtos proteícos e controlo do peso
Não há regras fixas e definitivas. Mas o caminho para o controlo do peso passa pela “educação nutricional”.
É imperativo sabermos o que comer, tendo em conta as nossas necessidades. A única forma de o saber é ser seguido por um nutricionista ou por um médico com formação específica em nutrição, de forma a que planeie a alimentação diária de acordo com as nossas características, objetivos e atividade física.
Como complemento à alimentação, podem ser introduzidas barritas, iogurtes ou outros produtos ricos em proteína. No entanto, é importante saber ler a tabela nutricional dos mesmos, uma vez que a maioria deles contem açúcares adicionados acima das doses recomendadas.
O consumo suficiente de proteína é imprescindível num plano alimentar saudável, de forma a aumentar a saciedade e a estimular o metabolismo.
Já o meu pai dizia que o segredo é “gastar os sapatos e poupar os dentes”, por isso, opte por tomar um pequeno-almoço mais nutritivo e saciante, priorizando o consumo de proteínas, tais como, ovos, queijo fresco, leite, iogurte, e introduzindo um pouco de hidratos de carbono, como, por exemplo, pão integral.
O almoço pode ser uma refeição rápida (uma peça de fruta) para que não interrompa os seus passeios e não aumente muito o seu consumo energético diário.
Ao jantar, pode optar por uma refeição semelhante ao que consome diariamente, tal como, carne ou peixe com vegetais e/ou salada. Se for do seu agrado, beba UM copo de vinho, férias são férias.
Sem dúvida, que o ponto fundamental é mesmo “gastar os sapatos”.
Hoje fizemos um trilho de 2 horas a caminhar, o que significa que iremos ter uma margem grande entre o gasto e o consumo energético diário.
Desta forma, nunca deixe de ir de férias, desfrute ao máximo o local, a companhia e a vida que é, efetivamente, o mais importante.
Geralmente, uma festa implica comer e beber, no entanto, esta não tem de ser a regra.
Uma festa deve implicar diversão e convívio social.
Circular mais e comer menos, selecionar momentos específicos para comer, falar com as diferentes pessoas presentes e aproveitar o momento.
Como fizemos na festa da clínica que partilho convosco e onde tivemos a surpresa do meu filho a cantar.
Todo este ambiente irá contribuir para a produção de neurotransmissores e hormonas que nos ajudarão a sentir melhor.
Em suma, a solução não passa por evitarmos eventos sociais ou decidirmos não estar com amigos. Passa sim por sabermos desviar o foco da comida e bebida para o convívio em si, conseguirmos ter controlo da nossa mente e da nossa vida e, desta forma, seremos muito mais felizes.
É claro que, após ingerirmos uma refeição, ficamos com menos ou nenhuma fome, mas qual é a razão para nos apetecer um hidrato de carbono quando estamos com muito apetite?
Porque nos irá saciar mais rapidamente. Em contrapartida, o seu consumo irá provocar um pico de insulina e, posteriormente, uma hipoglicemia (diminuição dos níveis de açúcar no sangue), fazendo com que sintamos, novamente e muito rapidamente, fome.
Por outro lado, se optarmos pelo consumo de proteínas (e, felizmente, cada vez existem mais alternativas de produtos e refeições ricas em proteína), estaremos a oferecer ao organismo aquilo que ele realmente necessita. O alimento será metabolizado mais lentamente e a sensação de saciedade será muito mais eficaz e duradoura.
Adicionalmente, a alimentação diária deve ser variada de modo a fornecermos ao nosso organismo minerais e vitaminas, evitando carências alimentares.
Também não devemos dispensar as gorduras insaturadas. Não se assuste com o nome, estas são fundamentais para mantermos o nosso corpo em equilíbrio.
Tenha uma alimentação equilibrada e variada, preencha a sua vida com atividade física e tenha um fantástico fim-de-semana!
Dieta mediterrânica: a mais científica e ecológica
O padrão alimentar mediterrânico é muito mais antigo do que o conhecimento científico moderno e do que a sensibilização ecológica atual.
Os nossos antepassados acertaram em cheio!
Este conceito baseia-se em 10 princípios:
1- Cozinha simples (consumo de produtos naturais);
2- Elevado consumo de produtos vegetais (produzidos localmente e da época);
3- Preferência pelo azeite como principal fonte de gordura;
4- Moderado consumo de laticínios;
5- Utilização de ervas aromáticas como tempero, em detrimento do sal;
6- Consumo frequente de peixe;
7- Baixo consumo de carnes vermelhas;
8- Baixo consumo de vinho tinto e apenas nas refeições principais (à exceção de crianças e grávidas);
9- Água como principal fonte de líquidos;
10- Convívio à volta da mesa.
A comida é muito mais do que o ato de nos alimentarmos, é um momento de convívio e de partilha. Nós somos assim e não podemos nem devemos perder essa nossa característica.
A importância do equilíbrio na nossa saúde e no nosso peso
Para se ter um peso adequado e uma vida saudável é necessário que a alimentação diária seja adequada às necessidades de cada um, as quais irão variar ao longo dos anos e das diferentes fases de vida.
Para além da alimentação adequada, é também fundamental o exercício físico regular. Não podemos pensar apenas em como estamos e nos sentimos no presente, mas sim como pretendemos estar e sentirmo-nos no futuro.
Já é de conhecimento geral que a prática regular de exercício físico aumenta a massa muscular, a qualidade e a densidade óssea, a mobilidade articular e o bem-estar geral. Todos estes são fatores que contribuirão para uma autonomia e qualidade de vida maiores e mais prolongadas.
Por último, não devemos descurar a saúde e o equilíbrio mental. Medite, pratique ioga, dedique tempo a si mesmo e ao presente, sem distrações externas.
Pense no equilíbrio que quer ter na sua vida, hoje e no futuro, e comece já a praticá-lo.
Nota: Estamos a contar com a sua presença na apresentação do meu novo livro “Sabemos comer?”, Hoje às 17h na Feira do Livro, na Praça Amarela, em Lisboa.