Pode parecer estranho, mas as calorias não são todas iguais. As calorias das proteínas engordam menos do que as calorias da gordura que, por sua vez, engordam menos do que as calorias dos hidratos de carbono. Estas diferenças têm a ver com as necessidades energéticas necessárias para absorver os diferentes tipos de macronutrientes, ou seja, o nosso corpo precisa de gastar mais energia para aproveitar a proteína, fazendo com que a sua biodisponibilidade calórica seja inferior.
Para além destes fatores, geralmente, um produto de origem natural engorda menos do que um produto artificial ou ultraprocessado. Isto tudo vai depender da forma como o nosso organismo absorve, digere e metaboliza os diferentes nutrientes. Por exemplo, um sumo de laranja engorda mais do que a laranja em peça, uma vez que, ao consumirmos a laranja inteira a fibra contida na mesma, vai arrastar consigo parte dos hidratos de carbono e do colesterol, eliminando-os, o que já não acontece quando trituramos a fruta.
Sendo assim, o que aconselho é que reduza ou elimine os produtos artificiais e ultraprocessados, que tenha uma alimentação o mais natural e variada possível, e que pratique exercício físico de forma regular.
Por vezes, as pessoas confundem ou querem justificar a acumulação de gordura como sendo inchaço ou retenção de líquidos. A verdade é que é muito fácil de distinguir, por isso não há desculpas.
A retenção de líquidos, normalmente, ocorre na parte inferior dos membros inferiores. O inchaço pode ocorrer na zona abdominal, normalmente associado a casos de má digestão, muitas vezes associado ao consumo de cereais/glúten, ambas situações normalmente são passageiras.
A gordura, por outro lado, acumula-se em todo o corpo e é diretamente influenciada pelo estilo de vida, e não varia de um dia para outro.
Se estiver na dúvida de qual das condições apresenta, informe-se com o seu médico. Acima de tudo, mantenha uma dieta saudável, pratique exercício físico, beba bastante água e tenha atenção ao consumo de sal.
Existem dois tipos de gordura: subcutânea e visceral. A gordura subcutânea é a mais abundante e, normalmente, acumula-se mais na zona abdominal, coxas e rabo. Pode não ser esteticamente bonita, mas tem poucos efeitos secundários em termos de saúde, à exceção do comprometimento vascular. A gordura visceral, ao contrário da subcutânea, não se vê e encontra-se entre e à volta dos órgãos. Esta sim é claramente perigosa e tem vários problemas de saúde associados, tais como diabetes e hipertensão.
Qualquer uma delas, mesmo havendo uma componente genética importante associada, pode ser controlada através de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente, exercício físico e alimentação.
É fundamental deixarmos as desculpas de lado e fazermos o que é preciso para sermos saudáveis.
Eu iniciei agora as minhas férias, na Ilha de São Miguel, nos Açores, que é um sítio onde adoro vir.
Hoje já andei 26000 passos, o que significa que, mesmo indo almoçar ao restaurante do meu amigo Fernando “Taberna O Saca Rolhas” vou conseguir comer com mais alguma liberdade, sem engordar.
Este é um exemplo de uma escolha simples que podemos e devemos fazer nas férias, que nos permite degustar da gastronomia do local que estamos a visitar, mas sem nos desviarmos completamente da nossa rotina habitual, nem do nosso peso.
Tal como comentei na semana passada, o importante é o equilíbrio que conseguimos encontrar entre a atividade física, a alimentação e o nosso dia-a-dia. Acima de tudo, aproveite a vida e as oportunidades que ela lhe dá.
Tenha um fantástico fim-de-semana e boas férias, se for o caso!
Nesta altura do ano, perguntam-me muitas vezes se, por irem de férias, vão engordar. Percebo o receio, uma vez que as mudanças no dia-a-dia são grandes, mas esta associação não tem necessariamente de existir.
Nós engordamos pelo somatório de dias em que comemos mais do aquilo que gastamos, e não apenas por uma escolha de um dia isolado. Por isso, se não quiser aumentar de peso durante as férias, tem de cumprir os seguintes passos:
– Aumente a frequência do exercício físico;
– Priorize a carne e e peixe, sobretudo ao almoço, e menos os acompanhamentos;
– Faça jantares mais leves, para garantir uma melhor digestão e qualidade de sono;
– Caso vá jantar fora algum dia (ou vários), almoce algo mais leve, como por exemplo, ovos (cozidos ou mexidos) com salada. Será suficiente e já terá um pouco mais de margem para a refeição do jantar.
Sobretudo, quero que desfrute das suas férias, que são sempre merecidas.
Quando não temos uma dentição adequada, temos tendência a comer alimentos mais moles e fáceis de mastigar que, normalmente, são ricos em hidratos de carbono e mais calóricos. Consequentemente, não mastigamos tanto o que acaba por diminuir a sensação de saciedade que, em parte, é garantida por este processo (a mastigação ativa mecanismos neuroendócrinos que nos tiram a fome).
Quando fazemos um bom e bem feito implante dentário, passamos a conseguir mastigar todo o tipo de alimentos, nomeadamente os mais rijos, normalmente menos calóricos. Isto faz com que mastiguemos mais e façamos mais pressão com os dentes nos alimentos, ajudando a diminuir a sensação de fome.
Eu, pessoalmente, depois de ter colocado os meus implantes dentários, algo que fiz tardiamente devido a um medo injustificado, sem me aperceber, mudei parcialmente a minha alimentação e perdi 2 quilos.
Desta forma, se tiver algum problema de dentição, pense nesta opção. Se precisar, nos recomendamos a nossa clínica parceira, que nos dá toda a confiança. (Clínica do Mediterrâneo, tefs. 218922370 , 968495410)
