Será que todas as dietas que nos fazem atingir os resultados pretendidos são adequadas?
Sem qualquer dúvida que não!
A perda de peso é alcançada se consumirmos menos calorias do que aquelas que gastamos. No entanto, se não consumirmos os nutrientes necessários (proteínas: 1g de proteína por 1kg de peso por dia; gorduras essenciais necessárias, presentes no azeite, abacate e frutos secos, etc), iremos desenvolver carências nutricionais que, consequentemente, levarão a que o corpo tenha a necessidade de as compensar.
É verdade que os hidratos de carbono são, também, essenciais mas não nos podemos esquecer que vegetais e frutas são hidratos de carbono e não apenas a massa, o arroz ou a batata. Se praticarmos exercício físico regular, introduzir hidratos de carbono complexos poderá ser interessante.
Tenha um fantástico fim-de-semana e alimente-se sabendo que está a fazer o melhor para o seu corpo e para a sua saúde.
Quando ingerimos um alimento líquido (como por exemplo, um iogurte), o nosso estômago tem a real perceção que foi ingerido um alimento e os nutrientes do mesmo são absorvidos, no entanto o nosso cérebro não tem a mesma perceção, fazendo com que haja um menor gasto calórico e, ao mesmo tempo, um aumento da sensação de fome.
Em contrapartida, quando ingerimos um alimento sólido, o simples ato de o mastigar e dissolver na boca antes de o engolir ativa os mecanismos neuroendócrinos, promovendo um maior gasto energético e uma maior saciedade.
É por esta razão que devemos optar por iogurtes sólidos, sopa com legumes inteiros, saladas com legumes crus e rijos, como por exemplo, cenoura aos cubos.
A verdade é que não somos como as máquinas, na qual a mesmo energia fornecida promove o mesmo rendimento.
Tenha um fantástico fim-de-semana e não se esqueça dos alimentos sólidos nem do exercício físico!
É exatamente ao contrário. Num processo de emagrecimento, se fizermos uma restrição exagerada e passarmos fome, muito rapidamente iremos arranjar uma desculpa para comer e compensar, de forma exagerada, a sensação de fome e insatisfação.
É essencial tomarmos um pequeno-almoço abundante, como por exemplo, um lácteo com fruta ou ovos. Desta maneira, estaremos a introduzir uma boa dose de proteína que nos irá manter saciados durante mais tempo.
A meio da manhã podemos optar por um iogurte magro, sem adição de açúcar, ou gelatinas.
Para almoçar, o ideal é consumir carne ou peixe de qualquer tipo (e não, necessariamente, apenas frango, peru ou pescada) e acompanhar com salada e/ou legumes salteados.
Ao lanche, uma ótima opção é comer um iogurte rico em proteína. Assim, iremos perceber que, quando chegar a hora de jantar, ficaremos satisfeitos apenas com uma sopa e/ou uma salada composta.
Com este plano diário conseguiremos uma boa e adequada distribuição calórica e energética ao longo do dia que, facilmente, nos permitirá perder peso, sem sentirmos fome.
Tenha um fantástico fim-de-semana, sem nunca esquecer o exercício físico regular!
Fazer dieta é, geralmente, associado a um período limitado no tempo, seguido pelo retorno aos hábitos anteriores. No entanto, seguir este esquema de dieta não é, de todo, saudável.
O sucesso está na mudança de hábitos de vida e na permanência dos mesmos, ao longo dos anos.
Para tal, devemos pedir orientação e ser acompanhados por um professional de saúde credenciado (médico e/ou nutricionista) que nos aconselhe relativamente aos hábitos alimentares que devemos seguir, adaptados às nossas necessidades.
Só desta forma seremos mais saudáveis e, assim, aprenderemos a razão pela qual devemos comer em maior quantidade ao pequeno-almoço e almoço, comparativamente com o jantar, que as saladas e legumes têm muitos mais hidratos de carbono do que pensamos e muito mais.
Eu tomo sumo de laranja de manhã e saladas ao jantar!.
O problema do insucesso da perda de peso, geralmente, não está nas refeições principais que fazemos ao longo do dia. Para além disso, comermos bem apenas numa parte do dia também não é o suficiente para que se consiga atingir o peso pretendido.
Literalmente, tudo o que comemos ao longo das 24h do dia, em cada dia da semana, conta. Isto significa que se, repetidamente, fizermos uma refeição saudável, mas, depois, fizermos uma refeição não saudável e hipercalórica, a perda de peso não será possível.
O segredo é saber qual o nosso gasto calórico, aproximadamente, e consumir as calorias e os nutrientes consoante esses fatores.
Para além disso, é imperativo evitar os açúcares simples e os alimentos processados e optar por proteínas e gorduras saudáveis.
O complemento da alimentação com a prática de exercício físico é ideal para nos mantermos saudáveis e como facilitador do processo de emagrecimento.
Tenha um fantástico, saudável e ativo, fim-de-semana!
Hoje, no programa Praça d’Alegria, perguntaram-me: Será que sabemos comer?
A verdade é que a alimentação é um dos aspetos que mais sofreu alterações ao longo dos anos.
Os nossos antepassados, devido às condições económicas, disponibilidade de recursos e necessidades energéticas, na sua grande maioria muito diferentes das nossas, tinham uma alimentação mais adequada (natural e local).
Com o avançar dos anos, a evolução da tecnologia tornou-nos muito mais sedentários e, por isso, as nossas necessidades energéticas são muito inferiores.
Também ocorreu um aumento da variedade e disponibilidade de alimentos, muitos dos quais processados e ultrapassados, ou seja, mais calóricos e menos saudáveis.
Os principais problemas da atualidade são o stress, a falta de tempo e o sedentarismo, o que protenciou a criação de alimentos e refeições de muito rápida preparação.
Isto faz com que a disponibilidade de produtos menos saudáveis seja cada vez maior e com que haja, muitas vezes, desinformação relativamente aos mesmos, e falta de conhecimento das nossas necessidades energéticas reais.
Por isso, considero que, hoje em dia (e os números de obesidade podem confirmar), a maioria da população não sabe, efetivamente, comer.
Sendo assim, a solução passa por:
– Informação nutricional dada por um especialista;
– Saber ler os rótulos dos alimentos e saber identificar quais as características que fazem destes, um alimento saudável ou não saudável;
– Saber que as proteínas engordam menos que a mesma quantidade de hidratos de carbono por terem a capacidade de formar células. O mesmo acontece com algumas gorduras, se estas forem saudáveis e insaturadas;
– Priorizar alimentos naturais e locais;
– Evitar o açúcar refinado, as farinhas refinadas e o exceso de sal.