Por vezes, as pessoas confundem ou querem justificar a acumulação de gordura como sendo inchaço ou retenção de líquidos. A verdade é que é muito fácil de distinguir, por isso não há desculpas.
A retenção de líquidos, normalmente, ocorre na parte inferior dos membros inferiores. O inchaço pode ocorrer na zona abdominal, normalmente associado a casos de má digestão, muitas vezes associado ao consumo de cereais/glúten, ambas situações normalmente são passageiras.
A gordura, por outro lado, acumula-se em todo o corpo e é diretamente influenciada pelo estilo de vida, e não varia de um dia para outro.
Se estiver na dúvida de qual das condições apresenta, informe-se com o seu médico. Acima de tudo, mantenha uma dieta saudável, pratique exercício físico, beba bastante água e tenha atenção ao consumo de sal.
Existem dois tipos de gordura: subcutânea e visceral. A gordura subcutânea é a mais abundante e, normalmente, acumula-se mais na zona abdominal, coxas e rabo. Pode não ser esteticamente bonita, mas tem poucos efeitos secundários em termos de saúde, à exceção do comprometimento vascular. A gordura visceral, ao contrário da subcutânea, não se vê e encontra-se entre e à volta dos órgãos. Esta sim é claramente perigosa e tem vários problemas de saúde associados, tais como diabetes e hipertensão.
Qualquer uma delas, mesmo havendo uma componente genética importante associada, pode ser controlada através de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente, exercício físico e alimentação.
É fundamental deixarmos as desculpas de lado e fazermos o que é preciso para sermos saudáveis.
Em 2018, cerca de 36 a 38 em cada 100 crianças, dos 5 aos 11 anos de idade em Portugal, tinha excesso de peso. Tem se vindo a perceber que, depois da pandemia, estes números já aumentaram. Isto significa que a obesidade infantil é, também, uma pandemia. A obesidade infantil tem consequências graves! Tem as mesmas que a obesidade em adultos, com a diferença que as comorbilidades como a diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão, entre outras, aparecem muito mais cedo e terão um impacto pior na saúde da criança a curto e longo prazo.
Na prevenção desta doença, os pais têm um papel fundamental. Deixo, aqui, algumas estratégias:
– Nunca utilizar a comida como prémio ou castigo;
– Fazer uma alimentação o mais saudável possível;
– Escolher alimentos diversificados e naturais;
– Estimular a prática de exercício físico;
– Evitar snack hipercalóricos e com gorduras saturadas;
Este dia foi instaurado pela Organização Mundial da Saúde e por outras organizações relacionadas com a saúde, com o objetivo de nos lembrarmos da importância de termos um estilo de vida e uma alimentação saudáveis. A obesidade está muito longe de ser um capricho ou um problema apenas estético. Consiste numa inflamação crónica, que afeta todos os órgãos e sistemas físicos, psíquicos e até as relações sociais.
Sendo assim, este dia é uma chamada de atenção para esta que é a pandemia do século XXI. Nunca antes houve uma pandemia desta dimensão, com gastos de milhões de euros e com impactos tão negativos para a saúde das pessoas.
Tenha uma alimentação o mais equilibrada e diversificada possível, e tenha um fantástico fim-de-semana!
Hoje vou falar-vos do glúten!
O glúten é, possivelmente, um dos elementos mais “odiados” na alimentação, embora sem razão.
Uma das principais perguntas que me fazem, relativamente a este tema, é se o glúten engorda. A verdade é que o glúten é o elemento do cereal que menos engorda porque é uma mistura de proteínas, a gliadina e a glutenina. Estas encontram-se em maior quantidade no trigo mas estão também presentes na cevada, centeio, espelta, cuscuz e outros. É verdade que o glúten é pro-inflamatório, no entanto, alguém que não seja doente celíaco, total ou parcialmente intolerante ao glúten, pode consumi-lo sem problema e não é por isso que engordará mais. Sendo assim, a ideia de que, “se retirar o glúten na totalidade da minha alimentação, emagreço”, é falsa! Contudo, é verdade que, em algumas pessoas (e não na maioria), o consumo de glúten provoca inchaço e desconforto abdominal.
Espero que tenha aprendido algo novo e que tenha um fantástico fim-de-semana!
É comum, nalguns processos de perda de peso, a sensação de cansaço, dor de cabeça e até uma certa sensação de mal-estar. Este tipo de sintomas é entendido, pela maioria das pessoas, como sendo um sinal de uma hipoglicemia, pelo que é comum reportarem a necessidade de comer para corrigir este suposto défice. No entanto, este conceito não poderia estar mais longe da realidade.
O que realmente acontece é que, para o nosso corpo, quando somos expostos a tóxicos alimentares (como os pesticidas, o mercúrio, presente nalguns peixes, os aditivos dos processados, os microplásticos – que contêm o tão famoso disfenol A, disrruptor hormonal) e até a poluentes ambientais, é mais fácil envolvê-los em gordura e armazená-los do que eliminá-los através da ação do fígado e dos rins.
Posteriormente, quando perdemos peso, as moléculas de gordura ao serem destruídas, fazem com que esses tóxicos armazenados sejam eliminados pela corrente sanguínea, produzindo essa sintomatologia.
Concluindo, é uma sensação normal e esperada num processo de emagrecimento, principalmente quando, previamente, houve um período prolongado de uma má alimentação. A boa notícia é que é sinal de que o nosso corpo está a funcionar normalmente e que, em breve, a sensação de bem-estar será muito superior!
Tenha um fantástico fim-de-semana, livre de tóxicos.