Já todos ouvimos dizer que o nosso intestino é como um “segundo cérebro”. Ele encarrega-se da entrada de todos os nutrientes necessários e promove uma resposta alérgica, imunológica ou de intolerância caso consumamos nutrientes que não necessitamos.
E como é que podemos alimentar a nossa flora intestinal?
As bactérias boas do intestino alimentam-se de fibra, ou seja, vegetais, fruta, cereais integrais. Em contrapartida, as bactérias más alimentam-se de açúcar. Sendo assim, se pretende ter um intestino saudável que influencie, positivamente, a sua saúde em geral, dê prioridade à fibra e evite ao máximo os açúcares simples.
Durante muito tempo, cada vez que se pensava em dieta, associava-se este conceito a um número concreto de calorias. As mais famosas eram “a dieta das 1000 kcal”, “a dieta das 1500 kcal” ou até mesmo dietas ultra restritas de 500 kcal. A realidade é que este conceito já está ultrapassado, sendo que hoje se dá uma maior relevância à composição de cada alimento. Esta evolução ocorreu, porque se percebeu que, se consumirmos alimentos ricos em proteína ou em gorduras mono ou poli-insaturadas, estaremos a promover uma melhor reparação celular e formação de membranas fundamentais para as células. Se, em contrapartida, consumirmos alimentos ricos em hidratos de carbono ou gorduras saturadas ou hidrogenadas, a absorção desses alimentos será mais direta e rápida, potenciando o rápido aumento de peso.
Desta forma, priorize a variedade de alimentos e o consumo de proteínas e gorduras mono e/ou poli-insaturadas.
Calculo que a primeira coisa que lhe vem à cabeça seja: isto pode ser conseguido através do exercício físico. É isso mesmo! Se caminharmos 45 minutos por dia, ao fim do mês, teremos gasto 6700 a 6800 calorias, o equivalente a 1 kg perdido. Para além disso, sentiremos uma melhoria na nossa saúde cardiovascular, osteo-articular, imunológica e cerebral. O cérebro é o órgão mais beneficiado pelo exercício físico.
No entanto, se quiser fazer uma mudança real, mais notória e duradoura, foque-se também na alimentação. Siga uma alimentação saudável, pratique exercício físico (incluindo, pelo menos, 15 minutos de treino de força) de forma regular e sentirá as diferenças.
Tenha um fantástico fim-de-semana e comece já hoje, não deixei para amanhã!
Em 2018, cerca de 36 a 38 em cada 100 crianças, dos 5 aos 11 anos de idade em Portugal, tinha excesso de peso. Tem se vindo a perceber que, depois da pandemia, estes números já aumentaram. Isto significa que a obesidade infantil é, também, uma pandemia. A obesidade infantil tem consequências graves! Tem as mesmas que a obesidade em adultos, com a diferença que as comorbilidades como a diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão, entre outras, aparecem muito mais cedo e terão um impacto pior na saúde da criança a curto e longo prazo.
Na prevenção desta doença, os pais têm um papel fundamental. Deixo, aqui, algumas estratégias:
– Nunca utilizar a comida como prémio ou castigo;
– Fazer uma alimentação o mais saudável possível;
– Escolher alimentos diversificados e naturais;
– Estimular a prática de exercício físico;
– Evitar snack hipercalóricos e com gorduras saturadas;
Nesta e noutras tantas festas, há uma pergunta que é muito habitual: “ O que é que eu posso comer?”. A alimentação saudável pressupõe tudo o que comemos ao longo do ano, pelo que não é o que comemos de forma pontual que irá definir o nosso peso. Não estrague esses momentos e coma o mesmo que as restantes pessoas.Desfrute a vida, tenha uma feliz e santa Páscoa e um ótimo fim-de-semana!
Um dos grandes mitos da nutrição está relacionado com os produtos integrais e os biológicos.
Com o aumento da fama e do consumo destes produtos, temos a tendência em acreditar que este tipo de produtos engorda menos. Isto não poderia estar mais longe da realidade! As calorias dos produtos integrais e biológicos e dos produtos que não têm estas características são praticamente as mesmas. Ainda assim, é verdade que os alimentos biológicos têm menos pesticidas e outras substâncias prejudiciais ao organismo.
Relativamente aos alimentos integrais, estes têm mais fibra, o que fará com que o nosso sistema gastrointestinal funcione melhor e “arraste” o excesso de colesterol e glicemia, eliminando-os.
Sendo assim, são opções recomendáveis, mas pensando apenas nas calorias, este não deve ser o motivo que define a sua escolha, porque, mais uma vez, a diferença é praticamente nula.
Desta forma, a questão que me fazem tanto “Eu só como alimentos integrais e biológicos. Porque é que engordo?” já está respondida. Toda a gente engorda quando consome mais calorias do que aquelas que gasta, qualquer que seja o tipo de alimentos que come.
Pratique atividade física e tenha um fantástico fim-de-semana!